Não faz muito tempo que descobri
a palavra “ensaio”.
Foi ouvindo uma das palestras da
querida professora Inez Borges que tive contato com esse vocábulo e ao mesmo
tempo com a seguinte questão particularmente minha:
“O que vem a ser um ensaio?”
De maneira breve, recebi
explicações que me foram úteis para o momento, mas ao estudar o significado da
palavra e o seu propósito com um pouco mais de profundidade, no curso
“Fundamentos Metodológicos da EP” ministrado pela Aecep, foi que compreendi sua
real importância.
Mais do que escrever por
escrever, compor um ensaio está atrelado a propósitos de preservação de um
material único, com qualidades e com intenções nobres de fixação de um momento,
transformando papel, caneta e palavras em um verdadeiro marco histórico - que
de imediato não parece de muito valor, mas futuramente poderá vir a ser
devidamente reconhecido.
Também é importante refletir
sobre o ato de evidenciar, em palavras ou ilustrações próprias, a mão
providencial de Deus na compreensão do aprendizado, compartilhando com as
futuras gerações a existência de um Deus soberano, que tem escrito a Sua
história através de cada um de nós.
Ao analisar o significado da
palavra composição na definição
descrita por Webster, podemos identificar o método de estudo dos 4 passos
(Pesquisar, raciocinar, relacionar e registrar) como fases de um aprendizado
completo e evidente!
O estudante primeiro investiga,
combinando pensamentos, reflete com base nos princípios, raciocina
relacionando suas ideias e coloca-as em ordem registrando-as
no papel.
O resultado desses esforços será
único, ou seja, uma fonte primária de pesquisa aos que a ele tiverem acesso
futuramente. Portanto, ainda que o autor dos escritos não esteja presente para
defender ideias ou relatar processos de um aprendizado em determinado tempo e
espaço, tais ideias serão perpetuadas, indo além do seu tempo.
Ao ponderar sobre esses aspectos
– enquanto eu mesma, autora deste ensaio, escrevo – contemplo a semelhança
entre o ato de “compor” com o que fizeram os antigos escritores que, inspirados
por Deus, vieram a compor bons livros e por que não dizer, as sagradas
escrituras? Não são, porventura, ensaios
de Davi, os diversos escritos que ele mesmo, por suas mãos relatou, registrando
suas dores, dissabores e inúmeros motivos para adorar quem o inspirou?
De fato, grande importância há no
ato de escrever - registrar o que anteriormente pesquisou, refletiu, concluiu.
Também é inevitável, passar por essas
reflexões sem relacionar com o cenário que temos visto na chamada “era
digital”.
Escritos que “passam” como o
vento e já não se sabe para onde foram.
Postagens, likes, informações compartilhadas e re-compartilhadas, não
refletidas, nem sentidas.
Apenas um “clique” e tudo se esvai no imenso
“mar virtual”. Mas isso é outro assunto, outro “ensaio”. Talvez intitulado
“ensaios ao vento”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito importante para mim. Obrigada!