O fichário - apesar dos inúmeros desafios em sua utilização numa sala numerosa - tem sido utilizado em muitas escolas cristãs como ferramenta essencial para o desenvolvimento do caráter dos estudantes. De fato o é e isso não podemos negar. Porém, permitam-me rascunhar alguns pontos a refletir.
Não basta que o conhecimento seja registrado e passado de geração para geração nas páginas de um fichário.
Se tais registros apontam para o escritor e
seu próprio ego, podemos dizer que este construiu seu próprio altar.
Se apontam apenas para outros homens,
construiu-se então um altar de adoração a outros ídolos.
O fichário do estudante, concluo, deve apontar para a Fonte
de todo o conhecimento, Cristo, cujos juízos são insondáveis e cujos caminhos são inescrutáveis (Rm 11:33-36) possibilitando o maravilhamento do leitor levando-o a
glorificar a Deus pela obra do escritor e pela contribuição daqueles a quem o
escritor mencionou.
Metaforicamente, o fichário deve ser como a arca da aliança. Deve revelar
que pessoas fizeram parte sua construção, que outros o "transportaram" (construindo o grande edifício da ciência como ilustra Abraham Kuyper), que ainda outros continuam
carregando-o, mas sobretudo deve revelar a glória de Deus em seus detalhes e em sua mais profunda essência.
A "forma" tem sido adorada mais do que
a "essência"?
A criatura mais do que o Criador?
Amém Dani, excelente reflexão, realmente precisamos nos lembrar em todo o tempo a quem estamos servindo. Podemos estar no pé do monte, ouvindo a voz de Deus falar ali e estar adorando o bezerro de ouro logo ao lado.
ResponderExcluirGlória a Deus por sua escrita.