04 agosto 2015

Revelação do amor do Pai



Depois de tanto tempo sem escrever neste blog, hoje não poderia deixar de fazer isso.

Quando me levantei da cama nesta manhã, não fazia ideia das experiências que teria com o Pai. Troquei de roupa e calcei meus sapatos ainda meio sonolenta com o corpo pedindo para voltar para as cobertas...
A caminhada começou fria e ao som de algumas músicas em inglês (idioma que venho estudando a alguns dias). Apesar de não entender muita coisa que estava sendo dito nas canções, elas foram pano de fundo para uma conversa que começaria a ter com o Senhor.
Comecei orando, falando com o Pai o quanto gostaria de conversar com ele, ouvir a sua voz e o quanto meu coração estava disposto a buscá-lo naquela manhã. E então Deus me apresentou um filme na mente.

Eu pude ver o Pai e o Filho conversando no seu trono e desfrutando de tudo o que há de melhor na glória. Enquanto eu via essa cena, meus próprios lábios narravam aquela conversa e conduzida pelo Espírito Santo, fui me surpreendendo com as palavras que cada um dizia.
O Pai falava ao Filho o quanto era maravilhoso estar ali, mas o quanto seria bom se todos nós pudéssemos estar ali também.
Uma voz dizia: Mas eles pecam, eles roubam, eles mentem, fazem todo tipo de maldade, guardam todo tipo de loucura em seu coração...
E a cada frase o Pai dizia: Mas EU os amo! Mas EU os amo!
Nesse instante comecei a visualizar as pessoas ao meu redor e o Pai me dizia:
Está vendo aquele homem de carro? Eu o amo!
Está vendo aquele homem passeando com seu cachorro? Eu o amo também!
... aquela mulher, aquele senhor... aquele frentista, aquela dona de casa...
Deus foi dividindo comigo aquele amor...
E então, o Filho vendo a tristeza do Pai em estar ali sem seus outros filhos, lhe diz: Eu vou Pai.
E então o Pai questiona o Filho: Mas não será fácil meu Filho, você irá sofrer as dores destes homens, irá ver a miséria e o pecado tão de perto... vai doer meu Filho. Vão cuspir em você e dizer mentiras horríveis a seu respeito...
E o Filho dizia: Eu quero apresentar a Eles o seu amor. Eu te amo meu Pai e farei isso por amor.

Eu pude contemplar esse diálogo, essa renúncia detalhadamente e pude ver tamanha entrega que realizou o nosso Senhor Jesus ao deixar seu trono de glória e vir nascer entre os homens.
Pude ver a conversa que o Filho teve com o Pai no Getsêmani pedindo que afastasse Dele aquele cálice (se fosse possível), mas que fosse feita a vontade do Pai e não a Dele.
Pude contemplar a dor da separação e do silêncio enquanto o Filho tomava os pecados dos homens sobre si e levava sobre seu corpo o castigo que nos traz a paz.
Nessa hora, não pude conter as lágrimas e mesmo caminhando... chorei.

No entanto, a revelação do Senhor não parou por aí. Havia um propósito nisso tudo. Essa experiência tinha um motivo para acontecer...
Depois de um tempo em silêncio, pensando na morte do Senhor e na separação do Pai e o Filho, pude contemplar o restabelecimento da comunhão dos dois quando a vida venceu a morte e quando o sepulcro se abriu.
Que alegria!

Então, o Pai disse "Vá meu Filho! Anuncie a eles a salvação! Mostre para eles o que fizemos por amor!
Depois que ouvi essa frase, no mesmo instante ergui os meus olhos para o horizonte e pude ver um homem simples com um saco preto com materiais de reciclagem nas costas.
Pensei: "É isso? O Senhor quer que eu anuncie a ele o seu amor?"
E o Pai me falava: "Vá! Anuncie a ele o meu amor e o que eu fiz por ele."
E então eu tirei o fone do ouvido e quando vi que ele havia se sentado... fui em sua direção.
Me abaixei ao seu lado, perguntei seu nome e começamos a conversar. Contei a ele sobre aquilo que Deus havia me dito e sobre o amor que havia sido revelado a mim.
Logo sua esposa se juntou a nós e pude terminar de contar-lhes sobre o amor de Deus por eles.

Eu não sei o quanto as palavras que eu disse entraram de fato no seu coração, mas saí de lá emocionada e radiante em ter experimentado do amor de Deus por eles. Clamei ao Senhor para que completasse a obra na vida deles. Não tive nojo de tocá-los, não tive receio de ser assaltada, pois meu celular não tinha valor diante daquilo que havia para contar...
Na sequência vi outro homem levando sobre as costas mais reciclagens, indo na mesma direção que eu e me juntei a ele. Perguntei seu nome, perguntei se podíamos andar lado a lado... e conversamos sobre sua vida. Ele me falou sobre seus filhos que não vê a nove anos, me falou do seu trabalho...
Eu pouco falei dessa vez, mas eu pude sorrir com ele, pude dividir o amor que transbordava de dentro de mim...
E Deus  me lembrou: "Se necessário use palavras".
Continuei caminhando até minha casa e pude contemplar várias pessoas que cruzavam meu caminho e por duas vezes pude falar "bom dia" amando-as de todo meu coração.

Hoje, estou feliz.
Hoje senti o quanto Deus ama o ser humano.
Já havia pedido ao Senhor diversas vezes que me desse a graça de enxergar as coisas com seus olhos, da mesma forma que ele via os homens enquanto esteve no meio deles...
E hoje isso foi possível.
Deus me mostrou que eu não conseguiria vivenciar isso com os cliques que dou diariamente na internet e que somente buscando ao Senhor de todo o meu coração e abrindo mão de mim mesma é que isso foi possível.

Que isso continue a acontecer em minha vida e na vida dos meus irmãos.
Quero dividir esse amor com cada um que cruzar o meu caminho. Quero valorizar a vida, mais do que as coisas.
Quero anunciar as boas novas, anunciar o amor do Pai a todos.

Obrigada Pai por esta manhã e pelo dia em que o Senhor decidiu nos amar além de nós mesmos.

Escrita ausente

O problema em ler bons textos e somente bons textos talvez esteja na difícil missão de, posteriormente, se fazer ouvir por meio da escrita. ...